De um pequeno bebê, nasceu um alegre menino.
Possuía todas árvores sem quaisquer preocupações.
Alegria, sua arte. Vida, seu mezanino.
Parentada, sorridente sem pedir suas razões.
Tornou-se um quase crescido, mas não assumira:
os motivos dos outros não batiam com os seus.
Sua espontaneidade há longos anos sumira,
iludido, o garoto este fato acolheu.
Depois, quase homem, ele logo desenvolvera
aptidão perceptiva para com tudo o que é seu.
O mundo, de tão pequeno, drenou-se em sua peneira.
E o então quase homem o universo rendeu.
Capturadas as órbitas, estrelas e aléns,
em sua loucura, residiam os fatos.
Tanto fazia para ele, Deus ou seus poréns.
Sua glória não merecia mundanos artefatos.
O homem, por fim crescido, porém, nunca apaziguado,
desafiou o seu espírito com reles juras mentais.
Sentiu que é impossível realmente ser amado,
Enfezou-se no conflito entre os seus ideais.
Pisou na humanidade, porém nesta se encontrava.
Amou a poesia, vida, morte e ressurreição.
Cobiçou sucesso humano enquanto a arte ele amava
e, contra sua vontade, aspirou à perfeição.
Isento de lábia, de métrica e de futuro.
Não luta, não aceita, jamais é derrotado.
Cabeça para o céu, pernas amando o muro,
Joga com a idéia de por si ser saciado.
Na busca por soluções a seus delírios ideais,
o homem vê suas coisas: belos perjúrios triviais.
Poesia provavelmente datada de dezembro/janeiro.