sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

[...]

De canto, descanso...

Sou funcionário escrachado
O crachá, resguardado
Eu, ensolarado

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Screams out of Hellwhere

do you know where he hell is babylon???
do you dream endless herbs and freedom???
can't you see... it's nobody's fault but yours!!!
it's nobody's fault but ours!!!

The captains ran out of ammo
Their toes lost the will to harm
Our image, too, must be there
for there is no other fault but a flight

The colonels drink beer no more
For whiskey is a tool of honor
Our drinks, they serve to procrastinate
A flight thru the faults gone untold

do you know where the fuck is the honor???
do you live long life shows for seconds long???
can't you feel... it's hellbody's fault but blood!!!
it's nobody's fault... but us!!!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Big Bang, Paranoia, God, People

If, only once, all the clocks around the world could match in perfect rhythm,
God would be omnipresent.
If, only once, all the living hearts could wear the very same feeling,
God would be omnipotent.

If, anytime, hours and measures could mean nothing,
There would be free will just like there is eternity.
If, anyhow, these few words could ever be true,
People would have no more pleas for this universe.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Enigma da Teia

A aranha nasceu e cresceu
Sua teia, a aranha criou
A mosca, tão só e incompleta
Na teia da aranha pousou

A aranha viveu e morreu
Sua teia, a aranha deixou
A mosca, tão só e incompleta
Na teia da aranha ficou

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Espírito Alívio

Minha carta na manga é meu futuro amor. Que seja uma dama de coração!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Lembrança-Minuto-Mitologia

E o cheiro desta viela,
d'outras vidas tão fantástica e bela,
insere a saudade da infância
feito uma lança ao penetrar a fera.

[feito uma onça ao fugir da cela.]

para: Ânsia

És sádico! Covarde... És um espanador depilado!
Apresento a ti o real valor de tua fama:
Teu medo.

Não temam a mim: temam às minhas evidências verbais.

Pensando em Charles Manson: Mente psicoindagadora. O Deus da confiança. Será o único jeito de obter a tão sonhada absoluta persuasão - uma mente sem limites morais? Perder-se (ou revés) em sua própria certeza, quebrar miragens com sangue, vestir medalhas acordoadas por devoção e respeito a um único líder? E então, a paranóia: seríamos nós os escravos do genótipo revolucionário?

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Se me mostras um gosto teu e sinceramente digo-te que a este me desgosta, te ofendes porque és fraco.
Se julgas a imagem antes mesmo de conhecer o conteúdo, te ofendo: és um ignorante.
Se conheces o conteúdo e não és capaz de apreciá-lo porque este foge da tua natureza, és limitado.

Quando xingas o outro dizendo que por ele fostes infringido, ouvidos meus receber-te-ão assim como àquele que causou-te tal infração.
Vês um acidente na rua e logo vais fotografando, comentas com teus comparsas, rindo-te, entonando tua voz. Chegas em casa, vês telejornal e, na presença de um outro acidente, choras. És um hipócrita.

Na televisão, os gordos deuses populares logo incentivam a morte como única solução para aqueles que uma vida sem jóias receberam. Após cumprirem sua missão, estes mesmos deuses chegam em seus lares, enfartam-se com tua raiva, enriquecem tua limitação e põem-se a dormir, certos de que tu nunca incentivarás a morte de quaisquer deuses. Sonham que estão rindo de ti, pois em seus sonhos tu não passas de um jumento.

Recebes a banana de casca podre e não a descascas, logo, tu enfias tudo dentro da tua pequena boca. Quase vomitas ao engoli-la, teu organismo não digere. Ao cagar a banana, estás feliz novamente e finges que nada aconteceu. Vês, então, um outro a comer a mesma banana podre. Tu olhas para ele e afunda-te em gargalhadas por dentro, ao ver sofrimento alheio compatível com o teu.

Não entendes uma palavra do que digo. Infeliz, não me trazes uma novidade sequer.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sua sorte do dia (4 out)
- [postado no Google Buzz] Privado
Se o destino diz que você é um perdedor, pregue uma boa peça nele


Encontre a palavra mais inútil do universo na frase supracitada.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Encasulamento

Por minha pura decisão,
senti conciso, agora, o nulo.
No fundo, nada foi em vão,
pois tenho, enfim, o meu casulo.

Tudo até então vivenciado
sinto se resguardar num pulo,
repelido ou reciclado
na gasta casca de meu casulo.

Quando rompida a casca veres:
borboleta, estarei a encantar!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pensando Outra Vez

[...]
Pensando alto:
irá um dia um filho nascer?
Para ser partilhado em nossa infância,
na mesma trilha que quando crianças cruzamos?
Na solidão do envelhecer desta Terra,
a qual nosso nascimento surpreendeu,
abriremos seus olhos.

Ian Anderson

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

It's over, finally.
A bit embarassing, thus.
These quick down feelings reset my brains.
Thumpasorus feelings... :D

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Why this now? All of a sudden, all this melancholy, all this urge to hurt, to kill, to smell? Shit. Am I going crazy? Is this madness or just a phase? One of my bad days? Guess not. This thing comes to stay. Maybe the drug's effect is over and I'm slowly turning into the real me. The realm. Maybe a project of a bad leading personality...

Even now, even after I hurt someone, I feel okay. I'm getting used to melancholy. Getting used to use to get any. I wanna hurt again, wanna feel it even more. Intensity, that's the word. Gotta shake the good so that they can feel the bad. Gotta tell the people: they just think I live. They just think I'm funny, when actually all I do is use everyone. Is this wrong? Am I wrong? Not in my own opinion.

Then after the whole shit, I'll wake up and find out it was just the sleep using me. Do the devil dance in sleepiness? Is it all for real? Where's my funk now? Just a super brainboosted cracky singing off tune? He's famous, you know! He lost his father. Bullshit. That's nonsense for me. But what would happen if all my family was suddenly dead? This kind of thought is so common to me.

I keep another lifetime reason to send my fingernails to hell.
And this one goes to my new collection.
I'm a reason collector.
Someday I'll have my purpose store's gates wide open.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Será possível jogar xadrez em condições subdesenvolvidas, naturalmente plenas?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A arte me vaza.
VAZE VOCÊ TAMBÉM!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

eu: bah

nem tô

aiuehiaheahie

aproveitar agora, que semana que vem já começo a atender as pessoa

tá meu, já venho ae

Alexandre Σ: uhmm

flw

eu: té daqui 10min

Enviada às 07:18 de terça-feira

eu: bah

dei uns **** lá né daí o resto e ******* tá tri loko

vô curti um som té umas oito

que tu acha legal bala fui


Enviada às 07:23 de terça-feira

eu: cara some não diz pode dizer tá aí e pá

Alexandre Σ: ugygyuguyqgqw]

tava tirando mais uma do creedence

proud mary

eu: bah... esfumaçou a mente esse som musikueui

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Percepção I

Pode-se perceber a personalidade de um dono de estabelecimento pelo horário de funcionamento de ambos.

domingo, 18 de julho de 2010

Mundôniubo I

Blow by Blow

Jeff Beck - nem lembro mais a aparência física - tocando. Pulo em cima da casa, danço, giro – piruetas – chapado de sono. Funk acorda. Beija-flores encachaçados, totalmente a la muamba mia – O WORD É QUADRADÃO, NÃO SABE DANÇAR como o fazem agora os queridos e companheiros pássaros.
Em cima da casa, dançando, as telhas caindo, as nuvens sorrindo, o bigode coçando, she’s a woman. Linguagem mistureba. Meu pescoço adquire delícia de movimento semi-voluntário.
Todos os animais rindo, como se já o fizessem desde a origem do universo! Como se já existissem, e não contestassem a origem, simplesmente dançassem sobre o caminho colorido da emoção. Quebra romântica, maldade a definhar.
Porra! Às vezes me sinto incompreendido. Muita coisa se passa na minha cabeça, muita coisa dança e canta na minha cabeça. Raramente surto, pois o estado maluconewba é só definido a mim por aqueles que não conseguem compreender e rir do mundo comigo.
Eis que acho uma peruca BLACK POWER, G-I-G-A-N-T-E-S-C-A!!! E dalhe suor da alegria!
Desce do céu uma escada de nuvens verdes e pretas e, de vez em quando, roxas. Elas vêm me buscar, pois eu sou o dono do mundo, eu e meu remelexo, fruto do amor à boa música.
ESCUTA UMA MÚSICA PORQUE TU GOSTA, NÃO PORQUE O DINHEIRO A FEZ SER CONHECIDA POR TI. CARAAAAAAMBA! MAS QUE MERDA.
Air Blower. Vou caminhando pelo mundo das nuvens, uma brisa positivamente megalomaníaca bate em minha cara, como se fosse o primeiro dia de inverno e eu estivesse nu e amasse o frio. Andando, com as coisas a balançar, neve, fogo, árvores, esquilos, mamelucos, tudo misturado, todos a mexer a cintura e o pescoço para abençoar a arte do amor à arte-fruto da emoção. UM SAX! Toco, toco, toco, sopro, aperto, BAITA SONZERA!
O teclado me acompanha, enquanto eu respiro cada vez mais livre.
Se eu lhe dissesse tudo o que se passa na minha cabeça... Esqueça! Isso é impossível.
Ritmo quebrado, descompassado com gentileza, segregando a natureza do sentimento física e psicologicamente em mim. Bons, ótimos guitarristas existem. Bons, ótimos vocalistas, e eu.
Os gatos namoram. A chuva continua a cair. E eu vejo ela de cima das nuvens. Vejo os gatos também, lá de cima.
SCATTERBRAINnnnnnrrrrrhhhhaaAAAAARRR!!! Agora é o confronto comigo mesmo. O confronto com o objetivo. E ele vai se aproximando. E então eu sinto a esperança como um atraso e não uma luz. Repete o ciclo, mas agora, tudo fica mais respiratório.
BAIXÃO!!!!
Poderia aproveitar esse baixo por horas, não enjoaria dele. Não enjoaria dessa música, desse ritmo, dessa bateria, ah, como eu AMO música!!!!
Hoje, ainda terei uma batalha contra o sono. E tenho que arrumar a casa e lavar a louça, e tomar banho, e lavar o saco, a bunda, os pés, o umbigo, as unhas, o porongo, e tirar os cabeleixons do ralo. YEAH! Chato? NÃO. Viver nunca é chato. Problemas? Não existem. Só o que existe é a música, e continuará assim por um bom tempo, quem sabe até durante toda minha vida.
Quem sabe o que vai acontecer com a minha musicalidade. Eu só quero passar alegria, subir no palco com a minha peruca Black Power G-I-G-A-N-T-E-S-C-A, proporcionar um momento de prazer para aqueles que sabem a hora de se entregar.
Me + Problem = Cause we’ve ended as lovers.
Linda vida. Mundôniubo comunica seu adeus através de macroparticulados bons ares e retorna ao planeta cerebral.

Inabalável

O que foi pra ser, foi.
O que não foi pra ser, não eras.
Seja muito cauteloso:
Se conveniente for, dois, quando inseridos em contextos ao menos semelhantes, já são capazes de acusar uma generalização.

terça-feira, 13 de julho de 2010

- Pega o que tu me deve!
- Naaaah!
- Tô dizendo PORRA! PEGA!
- ...
- Não vai pegar?
- Nah, nem eras.
- Então vai te fudê.

domingo, 11 de julho de 2010

Cantada II

- Ei, doidinha.
- Hã?
- Quer se chapar no cogumelo?

The Artist Way

Everything seems so stupid,
of a programmed stupidity.

I feel like trapped in a web.
The spider?
Never really existed,
nor it will ever be born.

So goddamn silly everything and everyone is,
I keep a lifetime reason to send my fingernails to hell.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O dia está ensolarado e belo. O clima é nostálgico, me enfraquece porém satisfaz. Queria alguém para dar uma volta, pegar Sol, tomar chimarrão. Às vezes, me pergunto se há uma temperatura ideal para o conforto do ser humano. Hoje, faz 21°C, vento em direção leste e intensificado em 5 nós (ou seja, aprox. 9,3 km/h ou 2,6 m/s), umidade do ar é de 78%. Acho que o que causa essa adorável e tranqüila sensação de bem-estar é o fator umidade misturado com o leve vento.
Ficaria feliz em saber que não sou o único apaixonado por esse clima. Acho que pouquíssimas coisas me deixariam mal humorado hoje, as quais nem quero sequer pensar sobre.
De súbito, me bate uma nostalgia dos tempos em que eu era inocente. Tempos em que a gente não alimenta maldade, só quer viver o que se tem pra viver e encontrar um grande amor. Acho que a grande maioria já passou por isso, essa coisa mística e pesada que é o grande amor. Alguns vencem, outros não chegam a conquistá-lo, poucos, ainda, sequer necessitam. No meu caso, ocorreu intensamente, e até hoje não sei direito o que se sucedeu.
Mas já não importa. A vida pra mim parece tão perto do fim e, a cada dia que passa, eu a encaro mais rendido. Minha felicidade é inerte, tanto eu queria que ela só aumentasse, mas sei que, para isso, devo antes encontrar um objetivo, uma guerra a vencer. Pessoas sem guerra são pessoas sem paz.
Parece-me tão ridículo passar algo meu para as palavras. As pessoas interpretam isso de forma tão negativa, como se houvesse sempre segundas intenções. Mas não há. É algo que de tão simples eu quero partilhar.
Hoje, sou livre e feliz. Bom dia Sol!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Cantada I

- Ei, boneca.
- Hã?
- Cê tá bem mais bonita inflada!
Hoje, não correspondi a um sorriso de uma pessoa desconhecida. Tive medo de seduzí-la, um medo do futuro, quem sabe. Fui um completo enrustido. Arrependimento...

Ambulâncio

Desce chuva,
corre homem.
Salva-folhas,
lobisomem.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Unspeakable Amongst Ourselves

When pains are gone, we never choose the simplest way again,
cuz we know: renewing is continuing.
Some seek reason, others just want love to be like a rope:
throw it someone, while you need someone to throw it for you.
When tears roll out, we find cure to long gone conflicts.
Then, we go mad: true love was never easy around.

Pains are gone, still I don't know what's going on with you.
Thus, I know, there's something to continue.
You went to reason, thinking that art couldn't take you far enough to rest.
Then, you fled from my singer meanings of life.

And now, we keep on, unspeakable amongst ourselves.
Did it really need to happen so exceedingly hard?

Dedicated to the coward, freckly-faced, snow-white "woman"
Um cérebro cheio de vontades insatisfeitas deve explodir e experimentar um momento de loucura.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Mundo

Pensar, criticar.
Concentrado consertar...
Defina o caos.
Senti-me em sintonia. Foi o que pensaram, porém. Por dentro, nunca mais o mesmo, ali, vidrado em meu natural cérebro interior artístico. Sou a natureza, pensei, e, por um instante, dormi, a sonhar com o verde da paz. Coisa linda, a se ver, certeza a dançar despreocupada com a vida.
E, de repente, uma kombi com letreiro "DNA" começou a me seguir. Senti tudo amarelo, como bem ela quis.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Simples Colher

Ei, mulher, vem cá, quero saber
se no teu corpo dá pra plantar e colher.
Ei, menina, vem a mim, vira mulher,
pois quero te amar, degustar-te de colher.
Se eu for longe demais,
me perdoe!
Talvez eu volte correndo,
Trazendo comigo o entendimento.
Vontade me sobra
Certeza me falta
Quem dera se em Hamelin
Todos soubessem tocar flauta

Anseio

Que me masturbem, mãos que vestem as luvas do destino!
Pois foi no anseio desesperado de vestir tais luvas
que esqueci a chance de as minhas mãos esquentar.

E que fiquem húmidas, enxarcadas com meu gozo!
Pois a vida é curta
e meus hormônios, psicopatas...

Humanidade

Apressadas, as formigas entram e saem,
montam e desmontam das máquinas do tempo!
E, tão organizado seu movimento,
Elas se perdem. (umas das outras)

Extrato Psicológico I

É importante esclarecer alguns conceitos de hereditariedade e personalidade cultural, para que não criemos falsos sonhos de utopias evolutivas de mudança.
Primeiramente, consideremos as características genéticas de personalidade do indivíduo, que englobam ambas as personalidades, materna e paterna, visivelmente herdadas e parcialmente imutáveis em relação ao comportamento do indivíduo.
Porém, não podemos confundir hereditariedade com cultura, de modo que a primeira é inevitável e a segunda é de irrefutável importância, no que diz respeito à formação de caráter por parte do indivíduo. A segunda é, no entanto, a tentativa de consolidar a primeira, de modo que esta se encaixe no padrão inconsciente projetado conscientemente pelo indivíduo, pois este se encontra em constante alternância de preferência entre o parecer de si para si – a autonomia - e o parecer social – a personalidade vista pelos outros.
Devemos também compreender porque esta constante alternância é importante para o indivíduo: eis que ela é infinita e, sendo assim, conjuga de modo aceitável a individualidade e a vivência em grupo. E é aí que aparece a questão da hereditariedade de comportamento. No momento em que o indivíduo expressa suas idéias em grupo, torna-se possível observar parte de sua personalidade imutável, através de características, ações e opiniões por parte do mesmo que se apresentam de forma contínua, repetindo-se várias vezes de maneiras parecidas.
Mas, realmente, são dois fatores alternantes. Enquanto a imagem de si para si encontra-se em construção, a imagem de si para outrem, por sua vez, atua de modo contrário, e vice-versa. É isso que controla o homem, para que este não seja perfeito como os animais, as plantas, ou seus respectivos cursos na natureza. Porque talvez com a descoberta do fogo (que acredito ter sido obra do acaso) o homem tenha iniciado uma seqüência evolutiva, que com o passar do tempo tornou a afastá-lo cada vez mais da perfeição, esta que nada mais é que um ciclo, sem começo ou fim. E assim explica-se também a necessidade de buscar respostas ou confortos no desconhecido: pois é desconhecido o modo como o homem descobriu o fogo, e é desconhecido o período em que a razão sobressaiu-se ao instinto, no que refere ao comportamento do homem. E esta necessidade é composta por lacunas instintivas que permanecem na genética do indivíduo, que, por sua vez, é imutável.

A Conquista da Individualidade

Nascestes, sem escolha, em terreno já ocupado. Porém, culpas não merecerão a ti, desde que não permaneças folgado no evoluir inércio deste solo, que em ti não é presente, passado ou tampouco futuro.
Observa, agora, o solo do teu semelhante. Percebe o drenar vagaroso de tua energia por parte desse chão. Pára e pensa: queres, abaixo de teus pés, um tapete voador ou areia movediça? Que orgulho sentes ao colher as batatas que o outro plantou? Quando menos esperares, estarás preso pela fome e, enquanto estiveres a saciá-la, o outro estará a plantar mais batatas e ocupar mais do chão em que poderias estar plantando agora. Amigo, deixes a fome de lado por um instante. Procura teu próprio solo para que possas plantar, colher e alimentar-te de tuas próprias batatas.
Quando fores dono do teu próprio plantio, haverás de ter sempre à tua porta alguém procurando solo para plantar. Sejas bondoso: ofereças, somente, uma pequena semente. Caso peçam algo mais, fecha tua porta sem hesitar, pois, se não o fizeres, acabarás por perder todo teu plantio. Porém, caso aceitem tua semente, deixes que entrem em teu terreno e ajudem-te a cultivar o plantio.
E se por acaso não encontrares solo por terra, não te preocupa! Acima das nuvens deverás achar solo fértil. Das nuvens, cai a chuva. Originam-se dela novas gotas de vida calmas, brilhosas, cheias de reflexos e mistérios a descobrir-se. Após a chuva, afáveis pensamentos na tenra nuvem afloram. Pensai em todos que, completos e influentes, vinculam-se a estes, constituindo adubo para o teu plantio superior. De algodão angelical é feito o solo que te oferece infinda fertilidade.
Abre teu olho! Para o plantio serás sempre pequeno, porém, nunca deves pensar o mesmo dele. Caso o faças, serás subitamente devorado pelo solo.