sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Mínimas Máximas IV

Nos tempos de hoje, quem faz ao vivo é louco.

Dilema da Vontade

A vontade me quer, eu sei, mas pareço nunca estar à vontade.

domingo, 23 de outubro de 2011

Hoje

Só queria dizer que não estou nem um pouco inspirado.
A inspiração é como uma pluma que desce sem se preocupar com seu destino. Logo, está ali, pronta a ser observada, seus porquês e por ondes, todos eles apaziguados pela vontade de ir além. Paradoxo.
Não me sinto à vontade pra dizer qualquer coisa. É porque tudo o que eu disser vai soar como um sopro contra o vento, e eis que desde então motivos para este não hão.
Posso garantir a minha futura sobriedade, mas quem garante me garantir o sossego de sequer aproveitar minhas palavras? Se eu não quero mais ficar, é direito meu divagar, mas nunca dever, nunca dever deveres demais por aí. Só o que cai do céu é a chuva. O raio deste dispara.
Cheguei a um ponto em que tudo o que eu faço me parece da mais inútil futilidade, redundante como a própria redundância, tanto desta como das demais, passadas, presentes e futuras com as quais eu tive o privilégio de desprivilegiar as tais.
Pensar dói. Como um tumor que sabe estar ali, porém nada fez e nada faz para denunciar sua estadia, tanto sabe ele o quanto é importante para si próprio estar em dia com a fadiga do precursor de um dia vagabundo como qualquer outro.
Minha obcessão por mim mesmo fez-me garantir a não confiança de enfrentar o não enfrentável, sobrepujando meu ódio com um quanto de vontade de ir embora, muito mais que a de ficar. Minhas palavras não dizem nada, tão somente o fazem e o farão, para todos e para sempre, sempre.
Há uma fila no céu e outra no inferno. As duas são tão lindas, longínquas, raras, mas tão comuns, vagas, gastas, vastas no tudo que há de multidão no mundo. Peste, ser humano, peste eterna proliferante você mesmo.
Dentro de toda a lógica que cansei de rezar, uma infinidade de caminhos que por já mapear demais resolvi não traçar. Trajetos infindos de um sono pesado, pois quando acordado o trajeto é estar, e quando sumido, faz-se odiar. Lógicos roupões, ao Sol, a secar.
Hoje, canto a emoção que será o amanhã. Com o ar de vitória que conquistei ontem. Vitória sobre o ar que restará até não mais haver amanhã. Ar que me instiga a não mais existir. Canto com vitória do ar que eu quero expelir.
Dividendos a esta terra, só aqueles que souberam me fazer vomitar pedirão. E jogarão tristes as sementes no chão, porque não houve metáfora que se pudesse aproveitar, saído de minha grande boca só o blasfeme borbulhar.
Adeus a deus, adeus ao ar.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Você, pássaro meu que vem voando de mansinho.
Calma, tranquila, pra esse inferno de dante.
Você nem sabe aonde está se metendo.
É tudo bizarro demais nisso aqui.
Outro mundo, outra vida, outra gama de sentimentos.
Você vem pra renovar a minha capacidade de sentir.
E pra partilhar comigo todos os sonhos de um outro plano.
Porque, sinceramente, tenho medo de que não me gostes.
Há muito já parei de exprimir qualquer coisa.

A vontade de se jogar do morro é passageira.
A vontade de voar sem retorno é infindável.

Tenha isso em mente, e me faça muito feliz.
Assim de longe já o faz né, imagine só aqui.
Acho que és a mais intensa época de minha cuca.
E também um grande desejo de revelar, coisar.

E quando você chegar, vai ser só alegria.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Doçura ♥

Tão longe, mas tão perto que se a pode esperar
Terra amarga, 'água doce que me promete inundar

Sopra o vento na janela
Me fala coisas de amor
Mês passado tinha cheiro
Mês que vem terá sabor

Vida doce, desamarga por inteiro a laranja
Tão perto, de longe colhe, planta, nasce e se esbanja.