domingo, 18 de julho de 2010

Mundôniubo I

Blow by Blow

Jeff Beck - nem lembro mais a aparência física - tocando. Pulo em cima da casa, danço, giro – piruetas – chapado de sono. Funk acorda. Beija-flores encachaçados, totalmente a la muamba mia – O WORD É QUADRADÃO, NÃO SABE DANÇAR como o fazem agora os queridos e companheiros pássaros.
Em cima da casa, dançando, as telhas caindo, as nuvens sorrindo, o bigode coçando, she’s a woman. Linguagem mistureba. Meu pescoço adquire delícia de movimento semi-voluntário.
Todos os animais rindo, como se já o fizessem desde a origem do universo! Como se já existissem, e não contestassem a origem, simplesmente dançassem sobre o caminho colorido da emoção. Quebra romântica, maldade a definhar.
Porra! Às vezes me sinto incompreendido. Muita coisa se passa na minha cabeça, muita coisa dança e canta na minha cabeça. Raramente surto, pois o estado maluconewba é só definido a mim por aqueles que não conseguem compreender e rir do mundo comigo.
Eis que acho uma peruca BLACK POWER, G-I-G-A-N-T-E-S-C-A!!! E dalhe suor da alegria!
Desce do céu uma escada de nuvens verdes e pretas e, de vez em quando, roxas. Elas vêm me buscar, pois eu sou o dono do mundo, eu e meu remelexo, fruto do amor à boa música.
ESCUTA UMA MÚSICA PORQUE TU GOSTA, NÃO PORQUE O DINHEIRO A FEZ SER CONHECIDA POR TI. CARAAAAAAMBA! MAS QUE MERDA.
Air Blower. Vou caminhando pelo mundo das nuvens, uma brisa positivamente megalomaníaca bate em minha cara, como se fosse o primeiro dia de inverno e eu estivesse nu e amasse o frio. Andando, com as coisas a balançar, neve, fogo, árvores, esquilos, mamelucos, tudo misturado, todos a mexer a cintura e o pescoço para abençoar a arte do amor à arte-fruto da emoção. UM SAX! Toco, toco, toco, sopro, aperto, BAITA SONZERA!
O teclado me acompanha, enquanto eu respiro cada vez mais livre.
Se eu lhe dissesse tudo o que se passa na minha cabeça... Esqueça! Isso é impossível.
Ritmo quebrado, descompassado com gentileza, segregando a natureza do sentimento física e psicologicamente em mim. Bons, ótimos guitarristas existem. Bons, ótimos vocalistas, e eu.
Os gatos namoram. A chuva continua a cair. E eu vejo ela de cima das nuvens. Vejo os gatos também, lá de cima.
SCATTERBRAINnnnnnrrrrrhhhhaaAAAAARRR!!! Agora é o confronto comigo mesmo. O confronto com o objetivo. E ele vai se aproximando. E então eu sinto a esperança como um atraso e não uma luz. Repete o ciclo, mas agora, tudo fica mais respiratório.
BAIXÃO!!!!
Poderia aproveitar esse baixo por horas, não enjoaria dele. Não enjoaria dessa música, desse ritmo, dessa bateria, ah, como eu AMO música!!!!
Hoje, ainda terei uma batalha contra o sono. E tenho que arrumar a casa e lavar a louça, e tomar banho, e lavar o saco, a bunda, os pés, o umbigo, as unhas, o porongo, e tirar os cabeleixons do ralo. YEAH! Chato? NÃO. Viver nunca é chato. Problemas? Não existem. Só o que existe é a música, e continuará assim por um bom tempo, quem sabe até durante toda minha vida.
Quem sabe o que vai acontecer com a minha musicalidade. Eu só quero passar alegria, subir no palco com a minha peruca Black Power G-I-G-A-N-T-E-S-C-A, proporcionar um momento de prazer para aqueles que sabem a hora de se entregar.
Me + Problem = Cause we’ve ended as lovers.
Linda vida. Mundôniubo comunica seu adeus através de macroparticulados bons ares e retorna ao planeta cerebral.

Inabalável

O que foi pra ser, foi.
O que não foi pra ser, não eras.
Seja muito cauteloso:
Se conveniente for, dois, quando inseridos em contextos ao menos semelhantes, já são capazes de acusar uma generalização.

terça-feira, 13 de julho de 2010

- Pega o que tu me deve!
- Naaaah!
- Tô dizendo PORRA! PEGA!
- ...
- Não vai pegar?
- Nah, nem eras.
- Então vai te fudê.

domingo, 11 de julho de 2010

Cantada II

- Ei, doidinha.
- Hã?
- Quer se chapar no cogumelo?

The Artist Way

Everything seems so stupid,
of a programmed stupidity.

I feel like trapped in a web.
The spider?
Never really existed,
nor it will ever be born.

So goddamn silly everything and everyone is,
I keep a lifetime reason to send my fingernails to hell.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O dia está ensolarado e belo. O clima é nostálgico, me enfraquece porém satisfaz. Queria alguém para dar uma volta, pegar Sol, tomar chimarrão. Às vezes, me pergunto se há uma temperatura ideal para o conforto do ser humano. Hoje, faz 21°C, vento em direção leste e intensificado em 5 nós (ou seja, aprox. 9,3 km/h ou 2,6 m/s), umidade do ar é de 78%. Acho que o que causa essa adorável e tranqüila sensação de bem-estar é o fator umidade misturado com o leve vento.
Ficaria feliz em saber que não sou o único apaixonado por esse clima. Acho que pouquíssimas coisas me deixariam mal humorado hoje, as quais nem quero sequer pensar sobre.
De súbito, me bate uma nostalgia dos tempos em que eu era inocente. Tempos em que a gente não alimenta maldade, só quer viver o que se tem pra viver e encontrar um grande amor. Acho que a grande maioria já passou por isso, essa coisa mística e pesada que é o grande amor. Alguns vencem, outros não chegam a conquistá-lo, poucos, ainda, sequer necessitam. No meu caso, ocorreu intensamente, e até hoje não sei direito o que se sucedeu.
Mas já não importa. A vida pra mim parece tão perto do fim e, a cada dia que passa, eu a encaro mais rendido. Minha felicidade é inerte, tanto eu queria que ela só aumentasse, mas sei que, para isso, devo antes encontrar um objetivo, uma guerra a vencer. Pessoas sem guerra são pessoas sem paz.
Parece-me tão ridículo passar algo meu para as palavras. As pessoas interpretam isso de forma tão negativa, como se houvesse sempre segundas intenções. Mas não há. É algo que de tão simples eu quero partilhar.
Hoje, sou livre e feliz. Bom dia Sol!