terça-feira, 16 de abril de 2013

Tesouro dos Mapas

Achaste-te sempre por mais que demais
Aquática, por sob a pele
E, por ora, enigmática

Visto um longínquo toque, evitou Satanás
Freática, nua e indeleve
E doutroras sarcástica

Esbanja-te sobre o átlas, profunda em prosa
Infindável, porém, solúvel
E da criação, hmmm... apetitosa

Ó, inodora, "insossa"
Que queres tu de mim?
Fogo? Terras? Inspirante és.
Docinhos? Cravos em quindim?

Não queres escravos pra de ti beber
Não queres guerreiros pra de ti tomar
Não queres poetas a te enaltecer
Não queres duendes a te enfeitiçar

Ó deusa, mãe vida, tesouro dos mapas
Que tão cedo enfim assim tu me namores!
Eu, tão jovial pirata das lapas.

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