Certa vez, um sujeito se enganou
Ao invés de remédio, tomou poção do amor
Havia muito que tamanha era a dor
Que toda amargura o veneno então sanou
Ao invés de remédio, tomou poção do amor
Havia muito que tamanha era a dor
Que toda amargura o veneno então sanou
Nas veias correu; no sangue, descansou
Desentupiu artérias e aliviou o pavor
Cicatrizou feridas e removeu o ardor
E no coração do sujeito se demorou
Desentupiu artérias e aliviou o pavor
Cicatrizou feridas e removeu o ardor
E no coração do sujeito se demorou
Este, tão bem sentindo-se, enfim relaxou
Como se nunca mais fosse sentir horror
De súbito, porém, bateu-lhe um pavor
"Ó céus, e agora? A poção se acabou!"
Como se nunca mais fosse sentir horror
De súbito, porém, bateu-lhe um pavor
"Ó céus, e agora? A poção se acabou!"
Angustiado à procura, ele nada encontrou
Corpo em delírio, mente a pressupor
Devido à dependência, afogou-se em torpor
E na abstinência o sujeito ficou.
Corpo em delírio, mente a pressupor
Devido à dependência, afogou-se em torpor
E na abstinência o sujeito ficou.
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