O teu ser proclama, grita, chama
Inflama o espantalho em meu milharal
Reclama um desejo transcendental
Da crença ao baralho; Copas, e a dama
Sou rei sem castelo, aguardo o martelo
Revelo o curinga que confinaremos
Singelas espadas, reforjaremos
Do sangue à ginga, salgado, o elo
Bordamos o emblema, composto o lema
Às pequenas sinas o fogo cordial
No sereno bosque um toque final -
Em nossas retinas, paira o ás de Paus.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Mesmice Materna
Eu vou estar com 40 anos, jogado na cama com
meu anjo numa segunda-feira, dormindo até o cu fazer bico após ter
ficado o fim de semana inteiro buscando a paz espiritual (e traduzindo
um livro desconhecido do Brian Aldiss, que prometerá ser a revelação
para o público underground da literatura fantástica), depois de uma
semana inteira de intenso trabalho e com todas minhas satisfações
pessoais realizadas, além de todas as contas pagas, na minha casa em algum lugar do interior de SC.
De repente, o telefone vai tocar. O relógio marca 18 horas e alguns
tantos minutos. Minha menina respira fundo e depois acorda. Falo pra ela
me alcançar o telefone enquanto dou-lhe um beijo de boa tarde no
pescoço. Ela pega o aparelho, me alcança e põe-se a levantar. Num misto
de maresia e parto que é o sentimento de acordar, pensando que talvez
seria algum pedido para fotografar um evento, festa, etc, eu disse alô.
Ouço a resposta no outro lado da linha:
- TU CONTINUAS DORMINDO O DIA INTEIRO GURI?
Era minha mãe.
Ouço a resposta no outro lado da linha:
- TU CONTINUAS DORMINDO O DIA INTEIRO GURI?
Era minha mãe.
Tenro Sem Bravata
Tenro e sem bravata é o veludo de minha vida,
Depois que boto as calças ele me calça as botas!
Depois que boto as calças ele me calça as botas!
Arigunstafari I
"A pluralidade insensorial da mentalidade
humana não basta para preencher o significado daquilo que ficou para
trás. Os neuroauxiliadores artísticos perplexiam-se perante a força de
um bem comum - pois há descendências catastróficas de dinossauros. Do
universo, do cosmo e da filosofia de Dali papamos as benéficas vitaminas
lunares e ainda sobram músculos forjados, e são cerebrais.
Arigunstafari. Penso que logo terei de libertar vocês,
ó!..senhoresdosofrimento, para que não mais sofram das calúnias impostas
por qualquer prisão."
Meistre Das'arigunstafari Mahafari
Meistre Das'arigunstafari Mahafari
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Do meu lamber
Em definitivo, jamais me fecho
Jamais me jogo
Mirando um desfecho
Eu sou muito bixo, sempre me apego
E me prorrogo
Pra ter mais um beijo
Jamais me jogo
Mirando um desfecho
Eu sou muito bixo, sempre me apego
E me prorrogo
Pra ter mais um beijo
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
Três seis dá nove.
| Das noites sextas
não tenho grana,
não tenho rima,
não há vontades,
jardins de cima,
não tenho fome,
mas tenho sede,
metamorfadas,
voz e a parede.
| Dos passatempos
tirar a roupa,
escovar dentes,
tomar um banho,
jorrar o leite,
vestir o estanho,
sair do azeite,
coçar o saco,
alçar foguetes.
| Das destemências
aguardam sonhos,
olhos de medo,
corpo selado,
cadeado e seco,
aventurança,
é a moça nua,
que não deu mão
ao cruzar a rua.
não tenho grana,
não tenho rima,
não há vontades,
jardins de cima,
não tenho fome,
mas tenho sede,
metamorfadas,
voz e a parede.
| Dos passatempos
tirar a roupa,
escovar dentes,
tomar um banho,
jorrar o leite,
vestir o estanho,
sair do azeite,
coçar o saco,
alçar foguetes.
| Das destemências
aguardam sonhos,
olhos de medo,
corpo selado,
cadeado e seco,
aventurança,
é a moça nua,
que não deu mão
ao cruzar a rua.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Flor de Lis
De um carinho sincero, sóis e luas, e ela vinha
Poderá tirar o peixe encravado em minha espinha?
Poderá tirar o peixe encravado em minha espinha?
terça-feira, 30 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
O Corvocida - Parte 1
Naquele fim de mundo onde fui me enfiar, era raríssimo que fizesse vento pela noite (coisa de um ou dois por cento de chance), e bastava observar a formação das nuvens para detectar uma possível ventania. Sempre achei isso ótimo para um lenhador solitário como eu, pois gostava de pendurar meus bonecos de madeira debaixo da quina do telhado. Com o vento, ficavam emaranhados e vez que outra uma forca se rasgava, fazendo algum deles despencar.
Ontem, porém, percebi que foi contando com esse inimigo elemental que fiz uma enorme cagada.
Despojei-me de minha pequena casa na pacata cidade para então vir morar pouco depois da ponte do rio Karkasse - onde, ao seu redor, situa-se uma pequena vila - há aproximadamente duas semanas. Trouxe comigo todos os mantimentos necessários; ferramentas, comida suficiente até encontrar caça, madeira, roupas, higiene, foto de uma boceta (que levo sempre na parte de trás do meu Marlboro branco steel), freezer de isopor gigante, isqueiro e até minha punheteira de caça, com estojo de balas e tudo o mais. No primeiro dia de chegada, a primeira coisa que fiz - depois de montar acampamento, é claro, e também esvaziar o caminhão - foi arar o chão e começar minha horta. E é óbvio que plantei uma cacetada de milho, porque sou viciado nessa merda.
Pois bem, voltando ao ocorrido de ontem. Fui dormir feliz da vida, meu milho tava quase pipocando e eu já podia ver uma espiga se enchendo de beleza e vontade de virar sopa. Estava quase pronto pra ir dormir, quando ouvi uma barulheira danada vinda lá de cima, quase do céu. Corvos, saquei na hora. peguei minha punheteira, mas depois decidi trocar por um estilingue que eu tinha feito pra brincar de machucar pássaros. Escolhi as maiores pedras pra pegar os bichos desgraçados em cheio no crânio. Barulho excessivo lá fora, grunhidos, berros agudos e som de asas se debatendo. Abri a janela pra dar uma espiadela. Devia haver uns cem corvos espalhados por toda minha plantação. Devoravam meu milho, tanto quanto devoravam a si mesmos e uns aos outros. A palavra diabo nunca passou tão forte pela minha cabeça, e ainda por cima era noite de lua cheia. Malditos, pensei.
Saí lá pra fora equipado com o estilingue na mão e uma sacola de pedras na outra. A cada passo que eu dava, os bichos ficavam mais loucos e atiçados. Foi no que eu preparei uma pedra que um par deles voou direto na minha mão, arrancando numa sangrenta e aérea disputa minha única arma. Olhei pra onde tinham voado aquele desgraçado casal de corvos, e vi o estilingue, mas gozei mesmo quando avistei meu machado a meio caminho. Corri até ele, narrado por berros ensurdecedores vindos de todos os corvos. Não havia um sequer em silêncio, parecia que lhes dava prazer berrar enquanto destruíam minha plantação. Catei o machado, e aquilo me fez sentir como um deus romano.
Fui de encontro aos que estavam na plantação, girando o machado no ar e vez que outra atropelando uma cabeça de corvo perdido no chão. Quando me aproximei da plantação, onde os malditos, para meu desprazer, estavam concentrados em massa, pude sentir um fedor indiscritível, uma mistura de chorume com galinha podre. Fui até aquela espiga por quem me apaixonara perdidamente, aquela que estava prestes a desabrochar, e vi um maldito e gordo corvo terminando de devorá-la. Aquilo pra mim foi demais, foi a gota d'água! Puxei meu machado e fiz-me arco, soltando toda a força que pude colocar no corpo inteiro naquela machadada, mas quando acertei o chão, vi que o maldito corvo já havia se misturado na multidão, e tudo o que cortei foi a espiga, antes linda, agora, feia e devorada por um intruso fedorento.
Depois disso, não lembro muito o que aconteceu, mas sei que giramos, eu e o machado, em meio aos corvos, até que o fedor deles me desligou lá no meio. Acordei com um globo de sangue seco ocupando o lugar da unha do meu dedão direito da mão, no meio da minha plantação que agora fedia tanto quanto eu e os corvos covardes. Vingança, pensei, e voltei pra dentro de casa, e foi aí que fiz a maior merda que podia ter feito pra aguardar a próxima noite: um espantalho.
Ontem, porém, percebi que foi contando com esse inimigo elemental que fiz uma enorme cagada.
Despojei-me de minha pequena casa na pacata cidade para então vir morar pouco depois da ponte do rio Karkasse - onde, ao seu redor, situa-se uma pequena vila - há aproximadamente duas semanas. Trouxe comigo todos os mantimentos necessários; ferramentas, comida suficiente até encontrar caça, madeira, roupas, higiene, foto de uma boceta (que levo sempre na parte de trás do meu Marlboro branco steel), freezer de isopor gigante, isqueiro e até minha punheteira de caça, com estojo de balas e tudo o mais. No primeiro dia de chegada, a primeira coisa que fiz - depois de montar acampamento, é claro, e também esvaziar o caminhão - foi arar o chão e começar minha horta. E é óbvio que plantei uma cacetada de milho, porque sou viciado nessa merda.
Pois bem, voltando ao ocorrido de ontem. Fui dormir feliz da vida, meu milho tava quase pipocando e eu já podia ver uma espiga se enchendo de beleza e vontade de virar sopa. Estava quase pronto pra ir dormir, quando ouvi uma barulheira danada vinda lá de cima, quase do céu. Corvos, saquei na hora. peguei minha punheteira, mas depois decidi trocar por um estilingue que eu tinha feito pra brincar de machucar pássaros. Escolhi as maiores pedras pra pegar os bichos desgraçados em cheio no crânio. Barulho excessivo lá fora, grunhidos, berros agudos e som de asas se debatendo. Abri a janela pra dar uma espiadela. Devia haver uns cem corvos espalhados por toda minha plantação. Devoravam meu milho, tanto quanto devoravam a si mesmos e uns aos outros. A palavra diabo nunca passou tão forte pela minha cabeça, e ainda por cima era noite de lua cheia. Malditos, pensei.
Saí lá pra fora equipado com o estilingue na mão e uma sacola de pedras na outra. A cada passo que eu dava, os bichos ficavam mais loucos e atiçados. Foi no que eu preparei uma pedra que um par deles voou direto na minha mão, arrancando numa sangrenta e aérea disputa minha única arma. Olhei pra onde tinham voado aquele desgraçado casal de corvos, e vi o estilingue, mas gozei mesmo quando avistei meu machado a meio caminho. Corri até ele, narrado por berros ensurdecedores vindos de todos os corvos. Não havia um sequer em silêncio, parecia que lhes dava prazer berrar enquanto destruíam minha plantação. Catei o machado, e aquilo me fez sentir como um deus romano.
Fui de encontro aos que estavam na plantação, girando o machado no ar e vez que outra atropelando uma cabeça de corvo perdido no chão. Quando me aproximei da plantação, onde os malditos, para meu desprazer, estavam concentrados em massa, pude sentir um fedor indiscritível, uma mistura de chorume com galinha podre. Fui até aquela espiga por quem me apaixonara perdidamente, aquela que estava prestes a desabrochar, e vi um maldito e gordo corvo terminando de devorá-la. Aquilo pra mim foi demais, foi a gota d'água! Puxei meu machado e fiz-me arco, soltando toda a força que pude colocar no corpo inteiro naquela machadada, mas quando acertei o chão, vi que o maldito corvo já havia se misturado na multidão, e tudo o que cortei foi a espiga, antes linda, agora, feia e devorada por um intruso fedorento.
Depois disso, não lembro muito o que aconteceu, mas sei que giramos, eu e o machado, em meio aos corvos, até que o fedor deles me desligou lá no meio. Acordei com um globo de sangue seco ocupando o lugar da unha do meu dedão direito da mão, no meio da minha plantação que agora fedia tanto quanto eu e os corvos covardes. Vingança, pensei, e voltei pra dentro de casa, e foi aí que fiz a maior merda que podia ter feito pra aguardar a próxima noite: um espantalho.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
"Sonar"
Meu viver oscila e é feito morcego
dorme se afogando
e acorda queimando
Sonar é o mistério que me tira o medo
num rumo bem-vindo
de regresso ungido
dorme se afogando
e acorda queimando
Sonar é o mistério que me tira o medo
num rumo bem-vindo
de regresso ungido
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Tempo Rei
Que tantos mares velejei;
Que sou verso no que bem sei;
Que cem mil núpcias terei;
Mas só o tempo é rei.
Que sou verso no que bem sei;
Que cem mil núpcias terei;
Mas só o tempo é rei.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Uivo
Os ventos mudaram
uivaram de longe,
puseram respeito,
chacoalharam o monge
que habita meu peito
Eu sinto a maré
chegando mais forte
invadindo a rua
Temo em subir
pois caí da lua.
uivaram de longe,
puseram respeito,
chacoalharam o monge
que habita meu peito
Eu sinto a maré
chegando mais forte
invadindo a rua
Temo em subir
pois caí da lua.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Essa coisa de felicidade...
Essa coisa de felicidade
Isso aí é tudo bobagem
Mas a coisa é que quando acontece
O caminhão entra e sai da garagem
Não não - não se preocupe comigo
E assim não me abala o futuro
Mais insuportável o alfabeto
Cada vez que ensopo meu pão duro
Estar devendo à sociedade
É um fardo que me descobriu
Da harpa me jogaram no útero
Me mandaram à puta que pariu!
E eu tenho ficado mais velho
Bem-vindos, pêlos do nariz
Posso até cortar suas finanças
Mas jamais chegarei na matriz
Confesso que até os dezoito
Foi bacana viver nesse bundo
Daí em diante, porém
Daria tudo por um dom vagamundo
Essa coisa de felicidade...
Fez o cachorro enterrar o osso
Enquanto a gente desenterra a idade.
Isso aí é tudo bobagem
Mas a coisa é que quando acontece
O caminhão entra e sai da garagem
Não não - não se preocupe comigo
E assim não me abala o futuro
Mais insuportável o alfabeto
Cada vez que ensopo meu pão duro
Estar devendo à sociedade
É um fardo que me descobriu
Da harpa me jogaram no útero
Me mandaram à puta que pariu!
E eu tenho ficado mais velho
Bem-vindos, pêlos do nariz
Posso até cortar suas finanças
Mas jamais chegarei na matriz
Confesso que até os dezoito
Foi bacana viver nesse bundo
Daí em diante, porém
Daria tudo por um dom vagamundo
Essa coisa de felicidade...
Fez o cachorro enterrar o osso
Enquanto a gente desenterra a idade.
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
Pitiful of Myself
You might be feeling bad
And probably very sad
Well I know how it feels
Quite well
There's nothing more painful
Nothing worse
Than a man
Pitiful of himself
With no one to understand him
No one to share a hug
Simply no one to trust
No one to tell him why
No one to join him when
He cries
Smallest problems seem to kill
Biggest reasons give no thrill
No challenge at all
And this man will keep living
Surviving and giving
Away his time, his space
For there's no hope for passion
He just won't stop to measure
His feelings for anyone
You might be feeling bad
And probably very sad
Well I know how it feels
Quite well
There's nothing more painful
Nothing worse
Than a man
Pitiful of himself
When this man turns out to be
No one else but me
I'm only pitiful of myself
And probably very sad
Well I know how it feels
Quite well
There's nothing more painful
Nothing worse
Than a man
Pitiful of himself
With no one to understand him
No one to share a hug
Simply no one to trust
No one to tell him why
No one to join him when
He cries
Smallest problems seem to kill
Biggest reasons give no thrill
No challenge at all
And this man will keep living
Surviving and giving
Away his time, his space
For there's no hope for passion
He just won't stop to measure
His feelings for anyone
You might be feeling bad
And probably very sad
Well I know how it feels
Quite well
There's nothing more painful
Nothing worse
Than a man
Pitiful of himself
When this man turns out to be
No one else but me
I'm only pitiful of myself
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Hoje
Virado e em movimento;
Com sacrifício, ganho tempo;
Com vontade, construo e cresço;
Com um anjo, tanto faz o endereço;
Movimentado e me virando.
Com sacrifício, ganho tempo;
Com vontade, construo e cresço;
Com um anjo, tanto faz o endereço;
Movimentado e me virando.
terça-feira, 17 de abril de 2012
Vidilipendiado
No segundo andar da varanda
Entreguei-me ao piano
E seu vilipêndio
As lindas notas do chopão
Brasaram ao furor de meu incêndio
Recostei-me em meu divã de sonho
Rebusquei a pureza feito índio
E na desmacaquês dos segundos
Soou o suor de meu miocárdio
Bradou o sino cemiterial
Coeso tão quanto infernal
Noturno feito este recital
O fim de mais uma obra
Madrigal
Poesia às escuras (literalmente) ouvindo um nocturno aleatório de Chopin
Entreguei-me ao piano
E seu vilipêndio
As lindas notas do chopão
Brasaram ao furor de meu incêndio
Recostei-me em meu divã de sonho
Rebusquei a pureza feito índio
E na desmacaquês dos segundos
Soou o suor de meu miocárdio
Bradou o sino cemiterial
Coeso tão quanto infernal
Noturno feito este recital
O fim de mais uma obra
Madrigal
Poesia às escuras (literalmente) ouvindo um nocturno aleatório de Chopin
E sou assim..
Um ser imaturo
Com capacidade de dominar o mundo
E vontades de ser músico e constituir família
Numa preguiça que provoca gozo ao ser superada
Com capacidade de dominar o mundo
E vontades de ser músico e constituir família
Numa preguiça que provoca gozo ao ser superada
terça-feira, 3 de abril de 2012
Pensei em escrever
O quê? Ah, qualquer coisa...
Acordei quinze pras oito
Com papel higiênico limpei o salão
Fui ao banheiro e fiz xixi sentado
Andei um pouco pela casa
Dei vazão às minhas memórias
Vou trabalhar em Caxias do Sul de novo
Em duas semanas me toco pra lá
Deletei o meu livroface
Me sinto mais livre
Mas acho que ainda demora minha prontidão
Pra bloquear maus instintos
Eu sempre fui é muito bicho
Arrependido depois de levar o tapa
Hoje está um dia lindo
Sinto falta de escutar música
E sentado aqui nessa cama lembrei
Que um sonho quente com ela sonhei.
O quê? Ah, qualquer coisa...
Acordei quinze pras oito
Com papel higiênico limpei o salão
Fui ao banheiro e fiz xixi sentado
Andei um pouco pela casa
Dei vazão às minhas memórias
Vou trabalhar em Caxias do Sul de novo
Em duas semanas me toco pra lá
Deletei o meu livroface
Me sinto mais livre
Mas acho que ainda demora minha prontidão
Pra bloquear maus instintos
Eu sempre fui é muito bicho
Arrependido depois de levar o tapa
Hoje está um dia lindo
Sinto falta de escutar música
E sentado aqui nessa cama lembrei
Que um sonho quente com ela sonhei.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Banho aléns.
E me questiono aonde pertenço, e cato os cabelos do ralo, fecho a ducha, seco o corpo e estou arrumado, mesmo pelado.
Você pode facilmente lavar seu corpo, mas dificilmente lavará sua mente.
Ponho minhas roupas e saio do banheiro, estendo a toalha, fico pensando no demente rumo que tragou as coisas da galáxia. Uma realidade perplexa para aqueles que não tiveram, na sua raíz, amor familiar.
Estou pronto pra outra partida de xadrez, brincar com a lógica é que me soa bem.
Tento retomar o início do meu tumor cerebral. O que houve; como ou por que fiquei assim, tão simples por fora, vendavalesco por dentro. Cérebro inchando.
No ocorrer de cada xeque aplicado, o medo de explodir. Você sabe que não agradará a todos. Não quero tratar meus amigos como simples visitas, e vice-versa.
Mate. Vontade de tomar um chimarrão mais sóbrio que o peixe mais profundo do oceano atlântico. Pegar um pôr-do-sol no Gasômetro e sentir. Apenas sentir. Não à necessidade de qualquer vida substancial.
Eu sigo.
Vá em frente, nem que antes tenha de ir pros lados ou pra trás, ou fingir de morto!
Quem sabe um dia, aproveitar os múltiplos orgasmos da sabedoria em seu sumo.
Um dia, lavar a alma para o resto dos demais.
Você pode facilmente lavar seu corpo, mas dificilmente lavará sua mente.
Ponho minhas roupas e saio do banheiro, estendo a toalha, fico pensando no demente rumo que tragou as coisas da galáxia. Uma realidade perplexa para aqueles que não tiveram, na sua raíz, amor familiar.
Estou pronto pra outra partida de xadrez, brincar com a lógica é que me soa bem.
Tento retomar o início do meu tumor cerebral. O que houve; como ou por que fiquei assim, tão simples por fora, vendavalesco por dentro. Cérebro inchando.
No ocorrer de cada xeque aplicado, o medo de explodir. Você sabe que não agradará a todos. Não quero tratar meus amigos como simples visitas, e vice-versa.
Mate. Vontade de tomar um chimarrão mais sóbrio que o peixe mais profundo do oceano atlântico. Pegar um pôr-do-sol no Gasômetro e sentir. Apenas sentir. Não à necessidade de qualquer vida substancial.
Eu sigo.
Vá em frente, nem que antes tenha de ir pros lados ou pra trás, ou fingir de morto!
Quem sabe um dia, aproveitar os múltiplos orgasmos da sabedoria em seu sumo.
Um dia, lavar a alma para o resto dos demais.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Escrita covarde.
Você é cruel.
Seu silêncio corta o estômago.
Você me deixa sem palavras.
Conhece bem o meu medo de te perder.
Me ameaça e me coloca na parede.
Você,
que é a maior das esperanças,
faz o homem chorar sem razão,
faz ele ficar sem saída,
pra te dar o prazer do desprazer,
sabe-se
lá
porque.
Você sabe ser fria,
você sabe me ter e quer me conter,
você não é digna de vingança,
por ser uma mestre da aliança
entre a dor e o prazer.
Você me ama e me fere,
me diz que vai embora
se eu errar.
Você,
que alegria trouxe,
em si mesma se perdeu,
e às bocas da dor
se concedeu,
sabe-se
lá
porque.
Seu silêncio corta o estômago.
Você me deixa sem palavras.
Conhece bem o meu medo de te perder.
Me ameaça e me coloca na parede.
Você,
que é a maior das esperanças,
faz o homem chorar sem razão,
faz ele ficar sem saída,
pra te dar o prazer do desprazer,
sabe-se
lá
porque.
Você sabe ser fria,
você sabe me ter e quer me conter,
você não é digna de vingança,
por ser uma mestre da aliança
entre a dor e o prazer.
Você me ama e me fere,
me diz que vai embora
se eu errar.
Você,
que alegria trouxe,
em si mesma se perdeu,
e às bocas da dor
se concedeu,
sabe-se
lá
porque.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
GLaSkaTChAkaS
Embuzinamento de pensamento; líquido de pus de peito; escorrimento de larvas pelo ralo; ódio de amor de necessidade; almirante ao mirar ao mar; blasfêmia fêmea plastofóbica; suor de masturbação resignada; osso de esboço no fundo do poço; cartola portadora de merda; ansiedade cleptomaníaca de felicidade; esterco antes da produção; beijo de vômito mútuo; cura pela dor de cura; meritocracia por indicação não hierárquica; poeira de tozóides mortos sem esperma; big brother banheiro; creme de espelho de elevador; pulo voluntário da vida à certeza assassina; zug-zwang passivo; reis pedófilos progenitores; mendigo sem bebida; apenas partida; eterna derrota; oito e oitenta; tiro e coma; coceira nas costas; suco de bunda em plena segunda; solidão.
Assinar:
Postagens (Atom)