quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Muié fina


Ocê qué qui eu seja teu iscravo
Mas eu tenho uns cravo
Qui ocê num qué catá

Ocê qué qui eu num fique di olho
Mas os meus piolho
Ocê num qué pentiá

Tá achando qui a vida é mole
E só cum rocombóle
É qui ocê qué mi criá

Custumada cum ovo maltino
Meu risotto fino
Ocê nunca vai gostá

Trêis hora no banho e eu nada falo
Meus pêlo do ralo
Ocê qué qui eu vá juntá

Meu trabaio é das seis às vinte
Inda cê qué requinte
E bota cara qué comprá

Eu rezo a Deus qui ocê tome jeito
Qui mi dê respeito
O intão não dá pra confiá

Mas ontem soube que eu tenho guampa
Vaca, sua anta
Eu vô tê qui ti matá


E vô imbora na minha carroça
Te dexá na roça
Enterrada a mofá

LASCA!

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