Sua flexibilidade tão perfeita e de máscara impecável;
A forma como pisam umas nas outras,
colecionando chicletes de estórias e fábulas
embaixo dos sapatos cíclicos da memória turva;
A maneira como acreditam em tudo,
achando-se implacavelmente sagazes pela não reflexão;
O regozijo que há em brincar de Deus,
e/ou tirar fotos bajulando a cruz jesuítica;
O ego;
O jeito que cada deslize torna-se estopim do rancor,
enquanto as boas ações de pouco servem -
satisfazem o agora,
egotizam o amanhã,
revelam-se insolentes para com os defeitos do próximo;
Sua incapacidade de digerir um problema,
vomitando mais dois, quatro, oitocentos;
Suas implosões de sarcasmo,
quando à frente de algo que não querem entender;
Pestes que disseminam por alimentar os pombos,
fazer vista grossa aos ratos e banalizar os mendigos;
Suas mentiras opcionais, fardos intencionais,
pressões descarregadas em quem mais lhes almeja;
Suas táticas de guerra e suas guerras;
Suas nações, paixões,
rojões que buscam pés alheios com data de validade;
Seu semblante pálido sempre que a memória agride;
Ah, as pessoas!
Quando não as amo,
é por pouco que não as odeio todas.
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